Não pretendia escrever
sobre o tema... mas vocês me conhecem, é mais forte do que Eu.
Você que assistiu, e
gostou do video de “combate ao racismo” exibido no criança
esperança de 2016. Concordo que emocionalmente o video seja tocante
e bem produzido, mas ele é inócuo, talvez ultrajante!!
E porque ele é
ultrajante?
Por que crianças tendem a se sentir intimidadas frente a
um adulto, o que os produtores esperavam que crianças negras
fizessem frente a uma adulta negra? Foi feito um confronto falho de
vitma vs vitima, alem de fazer muitas das crianças reviverem
momentos de discriminação, que as machucam e sensibilizam. Era
preciso?
Como administrador,
pergunto o video teria o mesmo efeito mudando as variaveis?
Se fossem crianças
brancas frente a uma negra adulta ou uma criança negra?
Se fossem crianças
negras frente a um adulto branco ou criança branca?
Se fossem crianças
indias frente a um adulto branco ou criança branca?
Se fossem crianças
orientais frente a um adulto ou criança ocidental?
Se fossem crianças
orientais frente a um adulto ou criança india?
Mas usaram iguais,
oprimido vs oprimido, vitima vs vitima, para convencer você, do que
eles querem que você se convença.
Me julguem!! Eu não
gostei do video! Na verdade o video não me comoveu, ele me
enfureceu.
E vou perguntar para
você que escreveu “continue a ser criança” ou algo assim; me
explique este outro video, produzido com crianças ainda mais jovens,
porem de outras etnias em relação as imagens opostas de sí,
(https://www.youtube.com/watch?v=CkcpROCiolA)
qual video reflete a verdadeira natureza infantil? Que nada mais é
do que a natureza humana?
RESPOSTA: Nenhum dos
dois e os dois. Insano? Nem tento!!
Pois nós adultos
erramos, erramos e erramos , os negros defendem empoderamento negro,
os brancos tentam negar a existencia de racismo em relação a todas
as demais etnias, os indios reclamam que não há atenção a sua
causa e cultura, os judeus afirmam que o anti-semitismo nunca foi tão
forte, os conflitos no continente africano hoje saõ mais brutais do
que jamais foram, os extremistas muçulmanos mais intolerantes do que
nunca... e as crianças aprendem pelo meio de onde são criadas,
absorvem as experiencias do ambiente.
“o Meio Influencia o
Homem e o Homem Influencia, Forma e Transforma o Meio.” Vygotsky.
Então senhora e
senhores, enquanto não mudarmos nossa conduta, nossas crianças
repetirão nossas erros, tu não é branco, nem tu é negro ou eu
mestiço, ou fulano chines, ou judeu, somos humanos, animais
racionais (as vezes duvido desta racionalidade), que por ego , por
mera presunção, criamos grupos e os classificamos, e por ego
queremos que o grupo o qual pertencemos seja o melhor... e pra que?
Por uma existencia baseada em ciclo de carbono, que no maximo em 100
anos virará pó, tão igual ao membro do outro grupo que tu
inferiorizava ou invejava?
“É preciso estudar a
sociedade pelos homens, e os homens pela sociedade: os que quiserem
tratar separadamente da política e da moral nunca entenderão nada
de nenhuma das duas” Jean-Jacques Rousseau
Somando as opiniões de
Rousseau e Vygotsky, deveriamos acreditar em uma sociedade boa, ou ao
menos justa, mas já estamos em um ambiente contaminado. Então se
levarmos em consideração séculos e dezenas de gerações
contaminados por ódios atavicos e irracionalidade sobre nós mesmos,
manteremos tudo como
está, ou pioraremos tudo, vamos continuar alimentando este ódio que
nos consumirá, que não afetará este ou aquele, mas a todos.
Freud, defendia que o
carater é moldado conforme a convivencia ou influencia de nossos
pais (ou algo assim), outro pensador , “o caráter consiste numa
mudança crônica do ego que se poderia descrever como um
enrijecimento” (Reich, 1989, p. 151).
Ou seja é nosso dever
como pais, avós, tios, padrinhos, moldarmos as próximas gerações,
eliminar barreiras pré conceituais, tentar extinguir esse ódio
mutilateral, tentar estabelecer respeito entre as partes...
Mas talvez … eu
esteja errado, talvez Eu seja racista, discriminador, pré
conceituoso, com gente burra e com estas qualidades. Enxergar nossos
próprios defeito, é o mais dificil.
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